Entenda as diferenças entre os ativos para investidores brasileiros que buscam diversificação internacional
Na busca por diversificação e maiores retornos, muitos investidores brasileiros se deparam com uma possibilidade: a escolha entre BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e aplicações em ações diretamente no exterior.
Esses títulos nacionais oferecem a facilidade de investir em empresas estrangeiras sem a necessidade de abrir contas no exterior, enquanto os papéis estrangeiros proporcionam um acesso mais amplo a diferentes ativos e maior liquidez.
Entender as nuances de cada opção é essencial para tomar uma decisão informada e alinhada ao perfil de investimento.
Sobre os BDRs
BDRs são certificados de depósito emitidos no Brasil que representam ações de empresas listadas em bolsas estrangeiras, como a NASDAQ e a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês). A principal vantagem deles é a facilidade de acesso a empresas internacionais sem a necessidade de abrir conta em corretoras estrangeiras. Além disso, as transações são feitas em reais, o que elimina custos de câmbio.
Porém, investir em BDRs não torna o investidor sócio direto da empresa estrangeira, já que eles apenas acompanham a variação das ações lá fora. Outra desvantagem é a taxa de corretagem e custódia, que pode ser mais alta em comparação com os papéis nacionais. Apesar disso, esses ativos oferecem uma forma simples e acessível de diversificação internacional.
Eles também sofrem impacto da variação cambial, ou seja, se o dólar cair, o rendimento do BDR também diminui, o que aumenta a volatilidade deste tipo de investimento. Ainda assim, a possibilidade de investir em grandes empresas estrangeiras torna os BDRs uma opção atraente para muitos.
Por fim, é importante destacar que os BDRs exigem um bom conhecimento sobre as empresas estrangeiras. As informações corporativas e financeiras são divulgadas pelas instituições depositárias, mas muitas vezes estão em inglês, o que pode ser um desafio para alguns investidores.
Ações no exterior: como funcionam?
Investir diretamente em ações no exterior envolve abrir conta em uma corretora estrangeira e lidar com a burocracia de enviar dinheiro para fora. No entanto, esta opção proporciona ao investidor a possibilidade de se tornar sócio direto da empresa, com direito a voto e participação mais ativa.
Uma das principais vantagens é a ampla gama de opções disponíveis. O investidor pode escolher entre mercados variados, como o norte-americano, europeu e asiático, diversificando ainda mais sua carteira. Além disso, as ações no exterior tendem a oferecer mais liquidez em comparação aos BDRs.
Por outro lado, os custos envolvidos na operação de câmbio e tarifas de corretagem estrangeira podem ser elevados. Além disso, é necessário estar atento às regras de tributação de cada país, além das obrigações fiscais no Brasil. A variação cambial também impacta significativamente os rendimentos.
Apesar disso, investir diretamente no exterior pode proporcionar acesso a setores e empresas que não estão disponíveis no mercado brasileiro. Isso é uma vantagem significativa para investidores que buscam diversificação e exposição a economias mais desenvolvidas.
Afinal, qual a melhor opção para cada perfil?
Ao comparar BDRs e ações no exterior, é fundamental considerar o perfil do investidor. BDRs são mais indicados para aqueles que buscam facilidade e menor burocracia. Com efeito, são uma porta de entrada para o mercado internacional sem a necessidade de abrir conta em corretoras estrangeiras e lidar com o câmbio.
Por outro lado, ações no exterior são ideais para investidores mais experientes e dispostos a enfrentar a burocracia e os custos adicionais. A possibilidade de se tornar sócio direto de grandes empresas estrangeiras e a maior liquidez são atrativos importantes. Além disso, esse tipo de investimento pode proporcionar maior controle e participação nas decisões da empresa.
Em resumo, a escolha entre BDRs e ações no exterior depende do objetivo e perfil de cada investidor. Quem busca simplicidade e menor burocracia pode optar por BDRs. Já quem deseja maior controle e está disposto a arcar com gastos adicionais pode preferir investir diretamente mercado gringo. Seja como for, ambas as opções oferecem oportunidades de diversificação e acesso a mercados internacionais.