Ativo tem como característica replicar o desempenho de um índice e é negociado em bolsa
ETFs são fundos de investimentos negociados na Bolsa de Valores. Cada um busca replicar o desempenho de um índice específico, como o Ibovespa ou o S&P 500.
O significado da sigla, Exchange Traded Funds, traduz o conceito dessas aplicações: fundos negociados em bolsa. Assim, eles funcionam de maneira similar às ações: você compra e vende cotas na bolsa.
Esses ativos se enquadram na categoria de renda variável, já que seu desempenho depende do índice que replicam, o qual pode variar ao longo do tempo.
Como qualquer investimento, os ETFs apresentam riscos, no entanto, a diversificação oferecida ajuda a mitigá-los. Além disso, esses ativos são regulamentados pela CVM, a Comissão de Valores Mobiliários, o que traz mais segurança para o investidor.
Alguns ETFs pagam dividendos, mas, ao contrário das ações, esses proventos não são isentos de imposto. Em vez disso, são reinvestidos no fundo, e contribuem para a valorização das cotas.
Como fazer para declarar no IR?
Para declarar ETFs no Imposto de Renda, é necessário informar a quantidade de cotas que possui no último dia do ano fiscal. No formulário de declaração, você deve indicar o valor total dessas cotas, que será a multiplicação do valor de cada cota pelo número de cotas que possui.
Para calcular o rendimento de um ETF, é necessário considerar a diferença entre o preço de compra e venda das cotas, se o preço de venda for maior que o preço de compra, você terá um rendimento positivo, o que significa que obteve lucro. Em caso de um preço de venda menor que o preço de compra, você terá um rendimento negativo, o que indica uma perda.
Vale ressaltar que o rendimento também pode ser afetado por taxas de corretagem ou outros custos associados à transação.
ETFs brasileiros
BOVA11: este ETF busca replicar o desempenho do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira;
SMAL11: esse ativo acompanha o desempenho do índice Small Cap da B3, composto por empresas de menor capitalização;
DIVO11: esse segue o desempenho do índice de dividendos (IDIV) da B3, composto por empresas conhecidas por pagam bons proventos;
ETFs internacionais
SPY: um dos ETFs mais conhecidos. O fundo busca seguir o desempenho do S&P 500, índice composto pelas 500 maiores empresas listadas nas bolsas dos EUA;
EFA: esse acompanha o índice MSCI EAFE, composto por ações de empresas de países desenvolvidos fora dos EUA e Canadá;
EEM: este ativo busca replicar o desempenho do índice MSCI Emerging Markets, composto por ações de empresas de países emergentes;
Como os ETFs são regulamentados e supervisionados
Como dito anteriormente, os ETFs são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um órgão que tem como objetivo garantir a integridade do mercado de capitais e proteger os investidores. O órgão estabelece regras claras para a criação, gestão e negociação de ETFs, tudo isso, garante transparência e equidade nas transações.
Os gestores são obrigados a divulgar regularmente informações sobre suas carteiras, isso permite com que os investidores acompanhem de perto seus bens. A supervisão constante da CVM ajuda a prevenir fraudes e manipulações de mercado e proporcionam um ambiente de investimento mais seguro.
Vantagens e desvantagens
Os fundos possuem várias vantagens em comparação a outros tipos de investimentos, uma delas é que eles oferecem uma maneira fácil e eficiente de diversificar uma carteira de investimentos, já que cada cota representa uma fração de uma carteira diversificada de ativos.
Além disso, por serem negociados em bolsa de valores, eles podem ser comprados e vendidos a qualquer momento durante o horário de negociação do mercado.
No entanto, os ETFs também têm suas desvantagens. Assim como as ações, ambos estão sujeitos à volatilidade, o que pode resultar em perdas para o investidor. E embora as taxas de administração dos ETFs geralmente sejam mais baixas do que as de outros fundos de investimento, elas ainda podem reduzir o retorno total do investimento.
Como as condições econômicas globais afetam eles
De acordo com o ramo das empresas que estão representadas, caso haja um aumento nas taxas de juros do país, muitos investidores tendem a tirar seu capital de mercados emergentes e afetar negativamente os ETFs que investem neles.
Da mesma forma, a escalada de tensões comerciais pode levar a quedas nos preços das ações em todo o mundo e, consequentemente, a performance dos ETFs desse ramo.
Porém, existem casos e casos, enquanto um ETF de ações pode ser negativamente afetado por uma queda no mercado de ações, um fundo de títulos do governo pode se beneficiar, já que os investidores podem mover seu dinheiro para títulos do governo em tempos de incerteza.
Dicas para escolher o melhor ETF
Existe uma série de fatores que auxilia o investidor a escolher um ativo para colocar seu capital. Primeiramente, ele deve entender qual é o índice que o ETF busca replicar e se ele está alinhado com seus objetivos.
Depois disso, é importante analisar a estrutura de custo, como a taxa de administração e os custos de transação, além da liquidez do ETF, já que quanto maior ela for, mais estreito é o spread bid-ask, ou seja, a diferença entre o preço de compra e venda de um ativo no mercado financeiro é menor, o que pode reduzir os custos de negociação.
É aconselhável também, analisar o histórico de desempenho do ETF, embora o desempenho passado não seja uma garantia de resultados futuros.
Proteção da carteira de investimentos
É muito comum, quando se preza pela proteção contra perdas nas carteiras, a escolha de um ETF. Esse investimento permite com que uma exposição a vários setores, por exemplo, se é previsto uma queda no setor de tecnologia, é possível comprar um ETF inverso, que valoriza em situações de queda do setor de tecnologia. Da mesma forma, um investidor com grande exposição a ativos em uma determinada moeda pode usar um ETF de moeda para se proteger contra as variações cambiais.
No entanto, essa técnica é complexa e envolve muitos riscos. Caso o investidor não tenha a expertise necessária, é recomendado ir atrás de uma assessoria de investimentos como a Ipê Investimentos, uma equipe formada por assessores com mais de 10 anos de experiência no mercado e que está preparada para ajudar você a tomar as melhores decisões com seu dinheiro.
A importância da diversificação ao investir em ETFs
Ao investir em ETFs, a diversificação é naturalmente alcançada, pois cada ETF é composto por uma cesta de diferentes ativos de um ramo específico. Isso pode incluir uma mistura de ações, títulos, commodities ou imóveis, que dependem do foco daquele fundo.
Esse fator ajuda a suavizar o desempenho da carteira ao longo do tempo, pois os ativos não correlacionados podem se mover em direções diferentes em resposta a eventos de mercado. O que gera um menor risco global e uma volatilidade reduzida da carteira.
E ETF Cripto? É diferente?
Os ETFs Cripto, possuem o mesmo conceito dos tradicionais, porém ao invés de ações ou títulos, estes fundos buscam replicar o desempenho de criptomoedas, como o Bitcoin ou o Ethereum.
Assim como os demais, eles são negociados na bolsa de valores e permitem que os investidores tenham exposição ao mercado de criptomoedas sem necessariamente possuir as moedas.
Outro fator externo importante é o clima econômico global. As criptomoedas, em particular, têm sido vistas como uma espécie de "ouro digital", e muitos investidores recorrem a elas em tempos de incerteza econômica como uma forma de hedge. No entanto, como qualquer investimento, as criptomoedas são suscetíveis à volatilidade do mercado e podem ser afetadas por uma variedade de eventos econômicos globais, desde mudanças nas taxas de juros até conflitos geopolíticos.
Dentre os ETFs de criptomoedas mais famosos estão:
HASH11: fundo que busca replicar o desempenho do índice Nasdaq Crypto Index, composto pelas principais criptomoedas do mercado;
QBTC11: ETF que tem como objetivo acompanhar o desempenho do Bitcoin, a mais conhecida das criptomoedas;
ETH11: esse ativo busca seguir o desempenho do Ethereum, outra criptomoeda bastante relevante no mercado;
Regulamentação
Além das diferenças já ditas, a regulamentação entre os dois também é diferente. A estrutura regulatória em torno das criptomoedas ainda está em desenvolvimento em muitos países, e isso pode afetar como os ETFs de criptomoedas são regulamentados. Em contraste, os fundos tradicionais estão sujeitos a um quadro regulatório bem estabelecido.
Ficou interessado e não sabe por onde começar? Entre em contato com a Ipê Investimentos, uma assessoria de investimentos que te ajuda a chegar aonde quer que seja!